Como as pessoas estão acessando notícias no Brasil e no mundo? O Reuters Institute responde essa pergunta anualmente com o Digital News Report. E a versão deste ano, que abrange 48 países, já está disponível. O relatório oferece um retrato amplo sobre o acesso e o consumo dessas notícias. Para facilitar, selecionamos alguns dados referentes ao Brasil e algumas comparações interessantes com os números mundiais.
Estamos acompanhando a mudança gradual do consumo de notícias dos meios de comunicação tradicionais (rádio, TV e jornal) para o online e, em especial para o vídeo.
No Brasil, 46% dos entrevistados dizem consumir notícias pela TV, enquanto apenas 10% leem notícias em impressos. As mídias online lideram com 78%, incluindo sites e aplicativos de notícias, mídias sociais, podcasts e chatbots. As mídias sociais foram mencionadas por 54% dos entrevistados, os podcasts por 10% e os chatbots por 9%. Os números ultrapassam 100% porque os entrevistados podiam apontar mais de uma forma de consumir notícias.
No Brasil, o consumo de notícias pela TV foi apontado por 46% dos entrevistados e o impresso foi citado por 10%, enquanto o online foi mencionado por 78% dos entrevistados. Nesse caso, o online inclui sites e aplicativos de notícias, mídias sociais, podcasts e chatbots. As mídias sociais foram mencionadas por 54% dos entrevistados, os podcasts por 10% e os chatbots por 9%.
O Brasil está entre os países em que a mídia social é a principal fonte de notícias, apontada por 35% dos pesquisados no País.
Além da predominância do acesso a notícias online, os relatórios também têm mostrado o crescimento do interesse pelo vídeo. Mundialmente, 55% preferem ler as notícias online, 31% preferem ver vídeos e 15% têm preferência por escutar. Porém, o número de entrevistados que consomem notícias em vídeo cresceu de 52%, em 2020, para 65% em 2025.
No Brasil, 37% dos entrevistados haviam utilizado o YouTube para ver notícias na semana anterior à pesquisa.
Os pesquisadores perguntaram aos brasileiros que tipos de criador de conteúdo noticioso consomem no YouTube:
Mídia ou jornalistas de mídia tradicional: 46%
Outros jornalistas ou empresas jornalísticas: 23%
Políticos ou ativistas políticos: 14%
Criadores de conteúdo com foco em notícias: 39%
Criadores de conteúdo que ocasionalmente focam em notícias: 24%
Pessoas comuns: 22%
As novas gerações são as que demostram maior preferência por notícias em vídeo ou áudio e são as que menos demonstram interesse em notícias. No Brasil, 52% dos entrevistados se declararam extremamente ou muito interessados em acompanhar as notícias. Dentre os entrevistados com mais de 55% essa porcentagem cresce para 59% e na fatia que reúne os entrevistados entre 18 e 24 anos a porcentagem cai para 33%.
Por outro lado, 46% dos brasileiros afirmaram que evitam as notícias às vezes ou com frequência. Mundialmente esse número é de 40%.
Outro dado interessante é que 67% disseram que se preocupam se as notícias que acessam na internet são reais ou falsas. Globalmente, esse número é de 58%. Essa informação é ainda mais importante quando pensamos no compartilhamento de notícias. Entre os brasileiros entrevistados, 33% compartilham notícias via mídia social, aplicativos de mensagens ou e-mail.
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