Há anos me dedicando à comunicação organizacional já ajudei organizações a superarem pequenas e grandes crises. Minha experiência me permitiu observar os padrões nas atitudes de gestores perante uma crise. É impressionante como os erros se repetem.
A possibilidade de uma crise é assustadora para qualquer organização. Mas a grande maioria dos gestores fica somente na torcida para que nada aconteça. Não há como separar quem você é, o seu temperamento, a sua personalidade, do seu perfil como gestor. Então temos o gestor que entende que falar do assunto pode trazer azar “melhor não mexer com isso”. Tem o preocupado com o que as pessoas vão pensar “se eles estão se preparando é porque tem alguma coisa errada”. Há, ainda, o excessivamente otimista: “isso não vai ser um problema. Está tudo certo”. E tem ainda o que simplesmente prioriza outros projetos porque “afinal, qual é a possibilidade de termos uma crise?”. A verdade é que qualquer gestor que não é adepto do planejamento não verá a crise até ser atingido por ela.
Pensando nisso destaquei sete dicas para quem ainda não tem um plano de gestão de crise. São ações com pouco investimento e que podem fazer a diferença para evitar ou amenizar uma crise. Erros na comunicação, que podem ser evitados sem grandes custos. Com essas dicas os gestores podem avaliar se seus negócios estão preparados para enfrentar uma crise.
É bom deixar claro que essas dicas são para o gestor que não tem condições de fazer o investimento em um plano de gerenciamento de crise. Nada substitui o planejamento e a construção de um plano que defina os papeis e as ações para evitar ou responder a uma crise. É um trabalho detalhista, mas que não exige um grande investimento. Exige sim, tempo de planejamento e um acompanhamento constante dos canais de comunicação abertos para a prevenção de crises. Mesmo que o gestor se limite a implementar as sete dicas desse artigo, provavelmente o maior desafio é a necessidade de uma mudança de cultura que incentive a circulação de informação.